'LAMPIÃO E MARIA BONITA', 1982
Primeira minissérie produzida pela TV Globo, “Lampião e Maria Bonita” foi escrita por Aguinaldo Silva — autor de “Duas caras” — e Doc Comparato, e exibida em 1982. A obra, que inagurou um novo formato na TV, contou os últimos dias de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, grande amor do rei do cangaço.
O casal de cangaceiros foi interpretado por Nelson Xavier e Tânia Alves, em caracterizações perfeitas. Também fizeram parte do elenco atores como Jofre Soares (falecido em 1996), Cláudio Corrêa e Castro (morto em 2005), Roberto Bonfim, Regina Dourado e José Dumont, no papel do tenente Zé Rufino, o mais conhecido perseguidor de Lampião.
Sob a direção de Paulo Afonso Grisolli (1934-2004), a obra, que falava de personagens reais, foi baseada no seqüestro fictício de um geólogo inglês, Steve Chandler (Michael Menaugh).
Segundo o “Almanaque da TV Globo”, de Marcel Souto Maior, para retratar o cangaço, a equipe da minissérie passou uma temporada no sertão e visitou o Museu Antropológico do Ceará.
A TV Globo reapresentou o programa em março de 1984, em 1988 (apenas para o Distrito Federal) e em versão compacta de cinco capítulos em 1991, no “Vale a pena ver de novo”.
Lampião morreu em 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. O governo baiano oferecera 50 contos de réis por sua captura, em 1930. Era dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo. Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. O casal teve uma filha: Expedita.
Atualmente, Marcos Palmeira e Adriana Esteves, a Celinha de “Toma lá, dá cá”, vivem no teatro a história de Lampião e Maria Bonita, em “Virgulino e Maria - Auto de Angicos”, em cartaz em São Paulo.
