PUC-Rio

Voltar

Nova Consulta

Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 31/10/1993
Autor/Repórter: Sônia Apoinário

LEILA RICHERS TROCA RIO POR CURITIBA

Apresentadora vai ancorar jornal da CNT

Depois da dramaturgia, chegou a vez dos telejornais serem realizados em esquema de co-produção. A nova versão do "CNT jornal", com estréia prevista para o próximo dia 8, está sendo realizada pela emissora paranaense em associação com a produtora paulista GW.

O novo "CNT jornal" trará de volta ao vídeo a apresentadora Leila Richers, fora do ar há dois meses, desde que saiu da Rede Manchete. Carioca, ela trocou o Rio por Curitiba para ser editora-chefe e âncora do telejornal, que será exibido das 20h30m às 21h10m. Nele, as mulheres apresentam e os homens comentam.

Em São Paulo ficará Ana Maria Tahan; no Rio, Ana Maria Nascimento Silva e em Brasília, Patrícia Moskwyn. De São Paulo, os comentários serão feitos por Alexandre Machado (política), Carlos Brickman (geral) e Aloísio Biondi (economia). O diretor-geral de jornalismo da CNT, Paulo Matiussi, explica que o formato do telejornal foi definido depois que uma pesquisa da emissora constatou que a maior parte do seu público é formado por mulheres.

- A figura do âncora, no Brasil, foi deturpada. Ele se mostra de uma maneira prepotente, como se soubesse sobre todos os assuntos. Eu quero que o âncora dê um comentário mais emocional, como só as mulheres sabem fazer - diz Paulo.

Leila também acredita na força do "desabafo". Ela acha que o público não está interessado na opinião pessoal do apresentador:

- Às vezes, a gente não agüenta e posso vir a dar uma opinião como um desabafo ou uma brincadeira.

Ex-modelo, Leila abandonou a antiga profissão para se tornar jornalista. Trabalhou por quase dez anos na Manchete, mas custou para se livrar da moda: era sempre escalada para trabalhar com esse assunto até que foi apresentar o "Jornal da Manchete - 2ª edição". Isso depois de uma breve experiência como apresentadora de programa, ao lado de Miele no "Ela, e ele", também da Manchete. Ao ir para Curitiba, Leila deixa no Rio não apenas a bela casa onde morava em Santa Teresa, mas o filho caçula, Daniel, de 18 anos. Só o mais velho, Guilherme, de 20 anos, quis acompanhar a mãe.

Voltar

Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 23245