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PUC-Rio
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Jornal/Revista: O Globo Data de Publicação: 20/02/1994 Autor/Repórter: Sônia Apolinário
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INVESTIMENTO VISA A DEZ PONTOS DE AUDIÊNCIA
Novela do SBT aposta no romantismo
Dez pontos de audiência. É isso o que Sílvio Santos espera como resultado da exibição, pelo SBT, da novela "Éramos seis", que começa a ser gravada na próxima semana. A estréia está marcada para 2 de maio, às 21h30m. Será a terceira tentativa da emissora em ter um núcleo de dramaturgia.
Ano passado, o SBT conseguiu uma média de quatro pontos de audiência neste horário com as novelas mexicanas. Em janeiro, quando a programação noturna foi substituída por filmes, a audiência subiu para uma média de 15 pontos.
O diretor do núcleo de dramaturgia do SBT, Nilton Travesso, admite que não tem garantias de que "Éramos seis" cumprirá sua meta. Independentemente disso, o cronograma do projeto de implantação da Fábrica de Novelas da emissora está sendo
seguido à risca e, antes mesmo da estréia da primeira produção, sua substituta já foi escolhida: "Manhãs de sol", uma história inédita de Geraldo Vietri, com início das gravações previsto para outubro, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
O próximo passo, segundo Travesso, será a implantação do segundo horário de novelas da emissora, às 18h. com a infanto-juveniariana" que Flávio de Souza escreve desde o ano passado.
- Temos que resgatar o público do SBT para a novela. E uma jornada dramática porque não temos tradição do gênero. E muito grande a responsabilidade de implantar um sistema de produção em que a emissora só levou cabeçada. Deve ter alguma caveira de burro enterrada num estúdio - brinca Travesso, que implantou o núcleo de novelas na Rede Manchete, depois de trabalhar na Globo e 21 na Record.
Segundo ele, o maior erro que cometeu na Manchete foi ter permitido que seu diretor-artístico, Jayme Monjardim, se afastasse da emissora para dirigir, por oito meses, a novela "A história de Ana Raio e Zé Trovão". Travesso aprendeu a lição e só irá no set no primeiro dia de gravação para "cortar a fita".
- Escolhemos uma história de época, sem sexo e violência porque, em tempos de Aids, há um certo apelo de volta ao romantismo. Não garantia de sucesso, mas pode ajudar - avalia Nilton.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 24193