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PUC-Rio
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Jornal/Revista: VEJA Data de Publicação: 10/12/1997 Autor/Repórter: Neuza Sanches
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SEMPRE OCUPADO
Programa congestiona linhas telefônicas em São Paulo
Débora: audiência de 10 pontos ultrapassa concorrentes e lhe dá mais tempo no ar
Na estréia de seu programa, Fantasia, no SBT, a sem-terra Débora Rodrigues deixou 2,5 milhões de pessoas em São Paulo sem telefone por uma hora e meia. Exibido entre 4 e meia e 6 e meia da tarde, enfeitado por setenta figurantes com pernas à mostra, o programa é uma gincana onde o telespectador pode ganhar entre 100 e 500 reais para responder por telefone a perguntas feitas no ar. Prevendo uma média de 1.000 chamadas a cada quinze minutos, a emissora alugou apenas três linhas telefônicas. O sucesso, porém, foi muito maior. Calcula-se que Fantasia recebeu 1 milhão de telefonemas como a ligação era gratuita, a maioria dos espectadores ligava mais de uma vez, apertando o redial, entupindo troncos e linhas disponíveis. "O sistema ficou congestionado num horário de pico", explica Francisco Gialluisi Netto, da Telesp.
Apresentado num horário em que o comércio também concentra suas ligações, o programa provocou um acidente que nunca se viu em promoções semelhantes de jogos de futebol, que são promovidos à noite ou aos domingos. Outra diferença é que, ao ligar para Fantasia, os espectadores ficavam esperando na linha, enquanto nos outros concursos quem atende é uma gravação. Débora Rodrigues foi um sucesso de audiência. Atrás apenas da Globo, fez 10 pontos no Ibope, contra 4 de outros concorrentes. Como prêmio, Fantasia foi prorrogado por trinta minutos, permitindo o enterro do telejornal Aqui Agora. Para evitar novos problemas com a Telesp, a produção acabou com os telefonemas. Agora os telespectadores concorrem por carta e os sorteados recebem uma ligação de Débora no ar. Resta saber se a audiência ficará tão emocionada.
Neuza Sanches
Copyright (c) 1997, Abril S.A.
Abril On-Line
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 35913