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PUC-Rio
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Jornal/Revista: Jornal do Brasil Data de Publicação: 08/05/1996 Autor/Repórter: João Luiz de Albuquerque
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TUDO INDICA QUE FÁBIO JR, SERÁ O MOTE
Foi um dia tão atípico que nem deu para culpar o César Maia pelo ocorrido: quatro novelas estreando numa mesma noite! Uma sofisticada amiga mais cuidadosa até me ligou, perguntando se não era uma boa idéia desligar a TV da parede, como aprendeu a fazer quando das fortes tempestades de verão. Minha preocupação era outra, o Sílvio Santos: será que, nos seus bravos tempos de camelô no Rio, o sonho do Sílvio Santos era ser chofer de táxi? É que, primeiro foi o táxi do Gugu. Aí a chamada de uma das estréias, Razão de viver, veio com a feia capotagem de um carro de praça. Finalmente, Antônio Alves, o taxista (SBT), importada da Argentina, via Mercosul, com taxímetro e tudo.
Como um programa da Casé, esta novela passeia por Buenos Aires, Florianópolis e São Paulo. O clipe inteiro do Fábio Jr., na abertura, indica que ela vai ficar o tempo todo em cima dele, dublê de ator (simpático, é do ramo) e típico cantor romântico daqueles programas das tardes de sábado. Agora que, à vera, é casado com uma Guinle, a Guilhermina, na brinca, a Mônica da novela, bem que podia levar um banho de loja, mudar aquele penteado de ponta esquerda do Newell's Old Boys.
Aquela história dela sair mais cedo do colégio de freiras, porque "fiquei enjoada comendo chocolates", periga ser passo mal dado, é feto nas entranhas, a queda do táxi dele pareceu tentativa de suicídio. Tem a irmã, possivelmente nutrindo velada paixão incestuosa, acusando o herói de cair no conto da bicha enrustida. Mais a galinhagem de uma tarada para cima do cunhado. Ué, mas o Nélson Rodrigues não assinou com Fantástico? Reparem a pequena Zezé (Gabriela Foganhos), ela não se parece com a Lilian Wite Fibe, ontem?
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 50754