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PUC-Rio
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Jornal/Revista: ISTO É - Gente Data de Publicação: 30/08/2001 Autor/Repórter: Neuza Sanches
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PÍCARA SONHADORA
SBT investe em drama mexicano “à brasileira”
Não é de hoje que Silvio Santos tenta desmantelar o tripé novela-jornal-novela da concorrente Rede Globo. Em 1994, o dono e apresentador do SBT tentou enfrentar a líder ao criar sua própria teledramaturgia. Colocou no ar algumas novelas como Éramos Seis, com ícones da ribalta como Irene Ravache e Othon Bastos. Mas não deu certo. A novela não alcançou a audiência esperada e saiu cara demais por conta da cidade cenográfica criada pela emissora. Silvio, porém, não se deu por vencido. Volta à batalha com armas também mexicanas. Pícara Sonhadora (seg. a sáb., às 20h15) é a primeira produção de teledramaturgia do SBT com a Televisa. A emissora brasileira faz a produção, e a mexicana conta a história.
A novela, do argentino Abel Santa Cruz, traz a saga de Mila, na pele da novata Bianca Rinaldi, uma estudante de Direito. Ela trabalha na Soles, uma grande loja de departamentos e, às escondidas, mora no porão dela a fim de economizar para pagar os estudos. Mila conhece Alfredo Rockfild (Petrônio Gontijo), que se apaixona pela jovem, mas não revela que é seu patrão. O drama de Mila é banal. Tem tudo, porém, para dar certo se verificarmos as experiências do SBT com novelas mexicanas em horário nobre. Carrossel, em 1991, e Chiquititas, em 1997, também de autoria de Cruz, foram fenômenos de audiência e abalaram os alicerces da concorrente global. Pícara Sonhadora está longe das grandes produções frenéticas da Globo. Mas pode se transformar num exemplo real da história bíblica de David e Golias.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 72008