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PUC-Rio
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Jornal/Revista: ISTO É - Gente Data de Publicação: 16/10/2003 Autor/Repórter: Marina Monzillo
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CANAVIAL DE PAIXÕES
Novo folhetim do SBT mostra que emissora está se aperfeiçoando na arte da teledramaturgia
O nome da novela é brega, o tema de abertura, mais ainda, sem falar nos diálogos, que nunca se livram do tom mexicano, mas a teledramaturgia do SBT melhora a cada
tentativa. É essa sensação que deixou o primeiro capítulo de Canavial de Paixões, mais uma adaptação de produções da Televisa.
A história se desenrola ao redor de uma usina açucareira e de fazendas de cana-de-açúcar. Amador (Victor Fasano) é o dono da empresa, infeliz no casamento com a arrogante Teresa (Débora Duarte). Seu melhor amigo é Fausto (Jandir Ferrari), apaixonado por Débora (Claudia Ohana). A harmonia desse casal, porém, começa abalada por traições e inveja. A novela terá duas fases e, no futuro, as intrigas vão afetar a vida dos filhos desses personagens.
Silvio Santos tem investido no filão, e suas tramas estão com um ar mais profissional, interpretações bem razoáveis e cuidado com a fotografia. Com um elenco recheado de ex-globais, o folhetim pode não possuir a riqueza de cenários e figurinos da concorrente, porém em alguns momentos consegue deixar o espectador com a impressão de estar vendo uma cena de uma novela das seis da Globo. Pode ser um começo, mas não a solução. O SBT tem tudo para criar sua própria linguagem em teledramaturgia, como fez a finada Manchete, com Pantanal, nos anos 90. Pode dar um bom caldo
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 91644