PUC-Rio

Jornal/Revista: O Globo

Data de Publicação: 25/12/2004

Autor/Repórter:

A BORBOLETA QUE VIROU UM KING KONG Em junho, quando a Rede TV! decidiu tirar do ar “Paixões ardentes”, no meio da história, os telespectadores reagiram. Cartas e e-mails foram enviados à emissora e às redações de jornais e revistas. O caso foi parar até no Procon. Tudo bem que o movimento não deu em nada. Mas provou que a novelinha colombiana tinha seu público fiel. Já quando a Record tirou do ar “Metamorphoses”, novela produzida pela Casablanca, ninguém chiou. Mudando um pouquinho a música “Conceição”, “Metamorphoses” foi aquela novela que “se sumiu, ninguém sabe, ninguém viu”. E, dando até três pontos no ibope, a novela saiu do ar no meio da história. E o que mais poderia se esperar de uma trama que misturava cirurgia plástica com máfia japonesa? Até Ricardo “Cigano Igor” Macchi apareceu por lá. Nos bastidores era uma confusão só. O mistério em torno da autoria, no começo, aliás, foi um capítulo à parte. Inicialmente, Mário Prata seria o autor. No lugar dele, entrou Charlotte Karowski, que ninguém sabia dizer quem era. Dizia-se que era um pseudônimo de Arlete Siaretta, dona da Casablanca. Não adiantou nem a presença de atores globais como Paulo Betti e Gianfrancesco Guarnieri. No fim, a borboleta que passeava pela abertura da novela acabou se transformando no King Kong do ano.

Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 105280