PUC-Rio

Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 06/02/2005
Autor/Repórter: Simone Mousse

ELA CANTA, DANÇA E ATUA

Com uma franjinha que a deixa com ar de menina e muita disposição na veia, Juliana Silveira está prontíssima para atuar, cantar e dançar em “Floribella”, novela que estréia na Rede Bandeirantes no dia 14 de março. A mocinha da trama argentina adaptada por Patrícia Moretzsohn faz parte de uma banda de música, e o requisito básico para a escolha da protagonista foi que ela convencesse também como cantora. E aí o tempo que passou trabalhando como assistente de palco de Angélica ajudou Juliana.

— Descobri que eu canto — brinca a atriz, que tem 24 anos e precisará aparentar 20. — Na época em que eu era angeliquete, cheguei a gravar uma música. E via Angélica nos shows, acompanhava tudo. Mas nunca me imaginei como cantora de verdade.

Juliana terminou de gravar o CD da trilha da novela semana passada. Nas cenas em que canta, ela dublará a própria voz. Fazer este papel triplo foi o que a conquistou.

— É difícil, em TV, o ator ter a oportunidade de mostrar esta versatilidade. Isso geralmente acontece no teatro — explica ela, que já foi protagonista de uma fase de “Malhação - Múltipla Escolha”. — Eu também me encantei pelo lado lúdico da história. Flor tem sonhos em que aparece com roupas divertidas, no meio de vários efeitos especiais.

Sair da Globo, garante ela, não a deixa preocupada. Nem insegura. Apesar de saber que sua responsabilidade tende a aumentar.

— O ator tem que ir aonde tem trabalho. A Band está investindo e os profissionais são experientes. A cenografia está linda, vamos trabalhar em estúdios ótimos, com equipamento de ponta. Já gravei uma chamadinha e as câmeras são incríveis — conta ela. — A classe está feliz com mais uma porta que se abre no mercado. E agora os olhos vão estar todos voltados para mim.

O fato de a novela ser gravada no Rio de Janeiro, onde mora, também pesou para Juliana aceitar o papel. Viver na ponte aérea não estava em seus planos.

— Já foi uma mudança profissional grande trocar de emissora. Não precisar mexer na minha vida pessoal me deixa mais tranqüila — confessa a atriz. — “Floribella” é uma febre na Argentina e tenho certeza de que vai ser um sucesso no Brasil. As pessoas comparam com “Chiquititas”, mas não tem nada a ver. Não é uma trama infantilóide, é para toda a família.

O estigma de tramas latinas — pesadas, dramáticas e carregadas nas tintas — vai ser apagado, segundo Juliana. Sua Flor é uma menina carioca e antenadíssima.

— Ela é moderna! Seu sapatinho de cristal é um tênis colorido. Dou risadas lendo os capítulos. É uma história leve e com bastante humor — conta ela, que começará a gravar no Pólo de Cinema e Vídeo, na Barra, depois do carnaval.

Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 106431