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PUC-Rio
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Jornal/Revista: O Estado de S. Paulo Data de Publicação: 29/11/2005 Autor/Repórter: Cristina Padiglione
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BRASIL BATE VIZINHOS NA EXCLUSÃO
Último capítulo de Floribella deu 7 pontos de média no Ibope tevê
Embora ainda seja um dos países com pior penetração - em termos porcentuais - de TV paga da América Latina, o Brasil detém, nesta mesma vizinhança, a mais alta taxa de concentração de ricos entre aqueles que pagam para ver TV. Aqui, as classes A e B respondem por 82,5% dos assinantes.
O dado é um dos resultados de estudo inédito encomendado pela Lamac, associação composta pelos 30 maiores canais de TV paga da América Latina, à Ipsos Marplan.
Divulgado ontem, o resultado foi antecipado pelo boletim online da Pay TV News.
A maioria dos pagantes pertence às classes mais favorecidas, mas ainda é gritante a fatia de abastados que essa indústria não conseguiu seduzir. Apenas 38,6% do time A/B paga para ver TV no País . Quer dizer, essa é a média nacional. Quando se fala apenas de São Paulo, esse índice sobe para 46,8%.
São números que só reforçam a exclusão da classe C desse banquete. Elementar: para que correr o risco de baratear custos se metade do grupo mais rico sequer caiu nessa rede de gordas mensalidades? Sim, a pirataria, bem entendido, não está somada nesses dados e TV a gato, como se diz, é serviço presente em qualquer nível social.
Mas há de se considerar que nos últimos dois anos, o setor também tem festejado crescimento sobre aquela fatia que já era sua freguesa, injetando ofertas de pontos extras, banda larga e pay-per-view.
Segundo a Lamac, a pesquisa da vez adota uma metodologia nova, a vídeo-etnografia, que distingue hábitos de comportamento e consumo, entre outras preferências do telespectador.
Os dados serão agora cuidadosamente explorados pelo grupo junto ao mercado publicitário. E dá-lhe intervalo comercial.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 115513