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PUC-Rio
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Jornal/Revista: O Globo Data de Publicação: 25/04/1999 Autor/Repórter: Lílian Fernandes
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PELAS MÃOS DA FADA MADRINHA
A partir de amanhã, a faixa infantil da Rede Globo não será mais a mesma. Disposta a aumentar a audiência e a conquistar a fidelidade do público, a emissora está reformulando toda a programação que vai ao ar das 8h ao meio-dia. O primeiro passo foi comprar novos desenhos animados e fazer mudanças radicais no ‘‘Angel mix’’, que reestréia com suas brincadeiras e números musicais concentrados em uma hora. Angélica, que também comandará um novo infantil, cuja estréia está prevista para julho, vai continuar ancorando a programação. Ela desejará bom-dia aos pequenos telespectadores e fará a apresentação de cada uma das novas atrações que entrarão no ar.
- Antes, minha presença ficava muito diluída; agora, com o programa exibido sem interrupção, será mais fácil ver a Angélica. Como o nome já diz, o ‘‘Angel mix’’ vai ser um mix de tudo. Teremos números musicais, que podem ser inclusive com novos talentos, entrevistas e bonecos, e eu interpretarei novas personagens - conta a loura.
O novo cenário do ‘‘Angel mix’’, cujo público alvo tem entre 9 e 14 anos, é uma arena esportiva. As gravações estão sendo realizadas no estúdio de shows do Projac, o mesmo que abriga o ‘‘Domingão do Faustão’’. Os bailarinos que acompanham Angélica usam modelitos que lembram os dos torcedores de futebol americano e a própria apresentadora veste roupas com as quais poderia tranqüilamente circular em qualquer estádio.
- Escolhemos o esporte como tema porque é uma coisa saudável, que afasta o jovem das drogas. E fica bem descontraído. A platéia será a torcida dos games e os cantores poderão se apresentar no palco ou no meio do estádio - diz a loura.
A cada dia, o programa terá um tema. Entre os personagens que Angélica fará está uma repórter, que vai conversar com os convidados no vestiário do estádio - isto é, no camarim do estúdio. As atrações do ‘‘Angel mix’’ serão costuradas pelos comentários de dois tênis, Destro e Sinistro, que observam tudo com tremendo mau humor.
Já as gravações do programa infantil de Angélica, que será destinado às crianças de até 8 anos, começarão em maio. Com o título provisório de ‘‘Ong Bong’’, ele terá como protagonistas os membros de uma organização que luta para preservar a natureza. O programa deveria estrear agora, junto com o novo ‘‘Angel mix’’, mas Angélica e os diretores preferiram pensar um pouco mais no formato ideal.
- Acho a idéia de uma ONG para defender as causas das crianças ótima, tem teor educativo, mas nem eu nem a Globo queremos que o programa seja uma novelinha, como o ‘‘Caça talentos’’ - diz ela.
Quem conversa com a apresentadora percebe que ela está mais segura ao falar de seu trabalho. Tem participado de várias das reuniões que estão definindo os formatos de seus programas - pediu inclusive a volta da Fada Bela, coisa que ainda não está certa - e explica que hoje acompanha o que acontece à sua volta muito mais de perto.
- Desde que vim para a Globo, comecei a tomar as rédeas da minha carreira. Antes, eu entrava no estúdio e fazia meu trabalho; todo mundo cuidava de tudo para mim. Agora, me envolvo mais em todas as etapas e é claro que isso me ajudou a amadurecer - diz Angélica, que tem 25 anos.
A apresentadora também já pensa no novo show, que terá a participação da banda que a acompanha no ‘‘Angel mix’’, e nos seus dois novos CDs. Além do disco de carreira, ela lançará um outro em que fará duetos com artistas que estão sempre no seu programa, como Claudinho & Buchecha e Cidade Negra.
Com tanto trabalho, Angélica faz malabarismos para ver o namorado, Maurício Mattar, que mora em São Paulo. Os dois, no momento, só pensam em aproveitar o tempo que têm para ficar juntos. Enquanto ajuda Maurício a decorar seu novo apartamento, ela também dá os últimos retoques na casa que comprou recentemente no Rio. E assim eles vão vivendo, de preferência, longe dos olhos dos repórteres.
- Eu o vejo mais do que via meus outros namorados, é um relacionamento mais intenso. Mas eu sei que às vezes abro minha vida até um pouco demais e o Maurício não gosta disso. Então, a gente tem ido a show, teatro, tudo, mas não quando é estréia e o lugar está cheio de jornalistas, até para não dizerem que estamos fazendo jogada de marketing.
Mesmo assim, Angélica faz questão de frisar que convive bem com o assédio.
- A televisão sempre foi o meu ambiente. Eu me sinto completamente à vontade quando os fãs me cumprimentam nas ruas e considero a curiosidade da imprensa um fato normal.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 46336