PUC-Rio

Jornal/Revista: Jornal do Brasil
Data de Publicação: 08/05/1999
Autor/Repórter: Rose Esquenazi

UM FOLHETIM COM DIREÇÃO INTELIGENTE

Mistura de Carrossel, Confissões de adolescente e Malhação, a novela Colégio Brasil (SBT, 18h30) apreendeu os trejeitos dessas três produções e foi em frente. Não é à toa que a Globo quer de volta o diretor Roberto Talma. José Paulo Vallone e ;Talma, através da produtora independente JPO, criaram um folhetim simpático, com Imagens modernas, direção inteligente e interpretação correta, apesar do excessivo sotaque paulista.

O melhor de tudo: existe uma história ali. Além de conflitos humanos, há tipos que, embora estereotipados, têm tudo para agradar em cheio às crianças que durante anos prestigiaram a mexicana Carrossel. Não faltou nem mesmo uma professorinha, a Júlia (Patrícia de Sabrit), mestre de uma turma que traz o inteligente, o bagunceiro, a bonitinha, a criança frágil...

Como também quer investir nos adolescentes, Colégio Brasil, já no primeiro capítulo, exibe cenas de leve erotismo, conquistas amorosas, sessões de fumo no banheiro, repressão e rebeldia. Edwin Luisi e Maria Padilha são atores que têm maturidade para comandar a trama. Tomara que Taumaturgo Ferreira — o Manoel Boi, rapaz problemático, perseguido por todos — conquiste um lugar ao sol neste horário. Quem já brilhou, de cara, foi uma desconhecida chamada Sônia Papo, como Dona Leni.

O triângulo amoroso acontece entre o professor Lanceloti (Giuseppe Oristânio), Júlia e Mac (Afonso Nigro). Certamente, será a pergunta do semestre: com quem a mocinha deve ficar? Se depender das adolescentes da turma de Lanceloti, com nenhum deles, já que os representantes do sexo masculino são candidatos ao amor das alunas desinibidas do Colégio Brasil.

Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 50761