PUC-Rio

Jornal/Revista: O Globo
Data de Publicação: 24/08/2003
Autor/Repórter: Simone Mousse

ELIANA TAMBÉM PARA ALTINHOS

Não, Eliana não está largando seu cativo público infantil. Mas quem é assíduo de “Fábrica maluca”, da Rede Record, começa a perceber mudanças sutis. Tudo para agregar uma faixa etária mais alta. Além dos pequeninos, a apresentadora quer ganhar espaço com os adolescentes.

— Estamos botando quadros novos, com muito mais informação. Os jovens não querem só brincadeira e oba-oba, querem algo mais — explica Eliana, que há algum tempo estava querendo dar esta mexida no programa. — Temos agora um seriado produzido por nós chamado “Turma da paquera”, voltado para os adolescentes.

E não é só isso. Novos games, que privilegiam a agilidade e a rapidez de raciocínio, começam a entrar no ar. Há menos de um mês, o “Fábrica maluca” mudou de horário pela quarta vez. Saiu das manhãs para as tardes e ganhou mais uma hora.

— É difícil, porque fico mais tempo no ar agora. Já pedi encarecidamente que eles não me troquem mais de horário! Com esses quadros para falarmos com o público infanto-juvenil o programa ficou ótimo — comemora a apresentadora. — Temos um game que é uma homenagem ao “Qual é a música”, com Chiquinho fazendo o Chico Santos, que dá o maior ibope. Com ele temos picos de até seis pontos. A média do programa é de quatro.

A idéia de fazer algo voltado também para um público mais maduro surgiu do resultado de uma pesquisa feita pela Record: as crianças assistem ao que os adolescentes assistem, mas a recíproca não é verdadeira.

— Dá para pôr bem mais ação nas brincadeiras para os adolescentes. Temos um game bem legal sobre ecologia, com a assessoria de um biólogo, em que os participantes ganham pontos cada vez que acertam as perguntas sobre o bicho daquele dia — explica Eliana. — Outro quadro divertido é o “Piração”, em que um artista tem que passar por um desafio. Por exemplo, descer uma montanha-russa e fazer uma conta ao mesmo tempo.

A idéia da produção do “Fábrica maluca” é, mais para frente, apostar na interatividade, aproveitando a moda da internet entre os jovens.

— Queremos incentivar a participação dos telespectadores pelo telefone e pelo computador. Afinal, temos que nos adequar ao novo público. E aos poucos vamos modificando algumas coisinhas aqui e ali — adianta ela.

Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 90346