DO ALBERGUE DIRETO PARA AS GRAVAÇÕES
O jornalista e apresentador Jorge Kajuru está preparando esta semana sua mudança de São Paulo, onde mora atualmente, para Goiânia. É que a partir do dia 28 ele terá que cumprir pena de 18 meses, em regime aberto, num albergue da capital de Goiás. Apesar da detenção, Kajuru continuará participando do programa “Fora do ar”, no SBT, e fazendo entrevistas para o talk-show “Kajuru liberado”, que ele comanda na TV fechada do condomínio Alphaville. No entanto, o jornalista não aparecerá mais no “Linha de passe”, mesa-redonda exibida pelo canal ESPN Brasil toda segunda-feira à noite.
— No SBT, Silvio Santos disse que eu ficasse tranqüilo porque a emissora me daria condições para gravar o programa. E no ESPN Brasil, o José Trajano (diretor do canal) falou que tentaria ver algo para eu fazer à tarde, já que tenho de me apresentar à noite no albergue — conta ele.
Condenado por difamação em ação movida pela Organização Jaime Câmara, Jorge Kajuru, de 44 anos, terá que se recolher ao albergue diariamente às 20h, podendo sair às 6h do dia seguinte. Por isso, ele está se mudando para Goiânia, e só irá a São Paulo às quartas-feiras para gravar, das 9h às 11h, as entrevistas de “Kajuru liberado”, que são exibidas durante a semana. No mesmo dia gravará, das 12h às 13h, o “Fora do ar”, com Hebe Camargo, Adriane Galisteu e Cacá Rosset.
— Antes, o programa era gravado à noite, por volta das 19h. Mas Hebe e Galisteu foram maravilhosas comigo e concordaram em mudar de horário. Assim vou ter tempo para ir e voltar sem problemas para Goiânia — conta ele, que já foi dono de uma rádio e morou na cidade por 15 anos.
No ESPN Brasil, José Trajano ainda não escolheu quem será o substituto de Kajuru.
Apesar da pena, o jornalista, que começou como repórter esportivo aos 21 anos, acha que sua carreira não será prejudicada. Ele diz que vai continuar colaborando como colunista do jornal “Folha de S. Paulo” e adianta que está escrevendo um livro sobre seus 30 anos de profissão. Sobre novas oportunidades de trabalho, Kajuru afirma:
— Eu sempre escolhi onde queria trabalhar. O SBT é a única TV aberta onde tenho liberdade. O público me conhece. Podem prender meu corpo, mas minha alma é livre.
