GENTE, GALINHA, CAVALO: TODOS PODEM CONVIVER
Júlio recebe e-mails; Astolfo também. Até aí, neste mundo cibernético, tudo bem, não fossem ambos bonecos. O garoto, o porquinho e os outros personagens da série “Cocoricó” aparecerão em 13 novas aventuras a partir de amanhã, na TV Cultura. E poderão estrelar também um longa-metragem, em breve.
— Se o longa não for viável, lançaremos mais 13 episódios inéditos do programa até o fim do ano — promete Mauro Garcia, diretor de programação da TV Cultura e do TV Rá Tim Bum.
O “Cocoricó” é ambientado no celeiro de uma fazenda, onde Júlio e os animais aprendem, no dia-a-dia, as leis básicas da convivência. Além do porquinho Astolfo, têm destaque o cavalo Alípio, as galinhas Lilica, Zazá e Lola e a vaca Mimosa. Seu público-alvo inicial eram as crianças de até 10 anos, mas, com o tempo, a audiência foi se consolidando entre as que estão em idade pré-escolar e os roteiros foram sendo adaptados para atendê-las. No capítulo de amanhã, “Coco não”, Alípio e Lilica dão sumiço no coco que a avó de Júlio usaria para fazer um doce, e o menino acha que os vilões Dito e Feito são os culpados pelo invasão à cozinha.
Desde o lançamento da TV Rá Tim Bum, no fim de 2004, os episódios do “Cocoricó” estréiam primeiro no canal pago, cujo conteúdo é produzido pela equipe da Cultura, e depois na emissora pública paulista. Nos dois canais, vai muito bem: na TV Cultura, o “Cocoricó” e as reprises do “Castelo Rá-tim-bum” são as produções nacionais com maior audiência. Os DVDs derivados da série e lançados a partir de 2004, dois anos após sua estréia, também têm boa vendagem: desde que chegaram ao mercado estão entre os infantis mais vendidos. Por isso, há outros previstos.
— Estamos preparando mais histórias de Natal para lançar um DVD temático — conta Garcia.
Como todos os programas infantis da Cultura, o “Cocoricó” é feito por uma equipe de roteiristas especializados em produções infantis, que têm como consultores especialistas em educação. Qual será, então, seu trunfo?
— Ele dá ênfase aos valores. Os personagens podem brigar, temos os nossos vilões, mas no fim não é o bem vencendo o mal: eles sempre encontram o caminho para uma solução negociada entre os diferentes — aposta Garcia.
