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PUC-Rio
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Jornal/Revista: Jornal do Brasil Data de Publicação: 20/12/1997 Autor/Repórter: Carolina Arêas
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A FALA MANSA DE CAYMI EM UM ESPECIAL DO BRAVO
Quase 60 anos depois de Dorival Caymmi ter desembarcado no Rio com seu violão embrulhado em papel azul, o compositor ganha um especial no Bravo (TVA) retratando sua vida e obra, composta de cerca de 100 canções. O programa será exibido hoje, às 21h. A doce figura do baiano é o que há de melhor no Especial Dorival Caymmi. Sestroso, aparece com a fala mansa de sempre contando, em depoimentos exclusivos, histórias de sua vida.
Sem pressa, lembra seu primeiro encontro com o todo-poderoso Assis Chateaubriand: "O nome não me disse nada, mas a figura era impressionante." Ainda desfilam na voz de Caymmi nomes como Tom Jobim e Jorge Amado. De quebra, ainda tem o registro seu cantando, com o violão, Milagre.
"Há uns olhos especiais para ver a música, digeri-la e transformá-la em canção", explica.
Imagens recuperadas mostram Caymmi atuando em Estrela da manhã, de 1948, adaptado da obra de Jorge Amado, no papel de um "galã rústico", como definiu. O filme tem canções de Caymmi e partitura de Radamés Gnatalli. E há também imagens de Carmen Miranda cantando um O que é que a baiana tem?, no filme Banana da terra de 1939. A música fez com que Dorival Caymmi, já famoso, estourasse de vez.
No especial o compositor também fala do casamento com Stela e dos filhos Dori, Nana e Danilo, todos no ramo da música, como o pai. O filho mais velho, Dori, aparece cantando sucessos como A lenda do Abaeté, Noite de temporal e É doce morrer no mar.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 36060