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PUC-Rio
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Jornal/Revista: O Globo Data de Publicação: 03/10/2001 Autor/Repórter: Amelia Gonzalez
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IMAGENS BELÍSSIMAS E ATORES NO TOM CERTO
Uma das cenas mais impactantes de "O clone", que registrou na estréia 47 pontos de média e pico de 53 no ibope, foi quase no fim. Numa troca de olhares sob véus deu para perceber que o casal protagonista da trama de Glória Perez tem química. E é forte. Giovanna Antonelli como Jade e Murilo Benício como os gêmeos Lucas e Diogo vão ter torcida na certa.
Se são verdadeiros os comentários dando conta de que foi difícil recrutar um elenco forte para a novela porque as estrelas da casa tinham sido levadas para a das 19h, a Globo está de parabéns pelo seu casting. Porque, além da beleza e do rigor já conhecidos da direção de Jayme Monjardim, os atores (seriam os que restaram?) deram à trama o tom certo. Resultado: cheiro de sucesso no ar.
Murilo Benício empina o nariz e põe as mãos no bolso quando interpreta Diogo; abaixa os olhos e joga as mãos para trás quando vive o tímido Lucas. Perfeito. Só não precisava daquela luta entre os dois: pareceu falso. Vera Fischer se despediu do peso de mulher sofrida que carregou ao viver Helena em "Laços de família" e fez rir ao tentar se comunicar com um funcionário do hotel. Palmas ainda para a participação de Walderez de Barros e para o show dos veteranos Stênio Garcia (Ali) e Juca de Oliveira (Albieri).
Além de uma bela história de amor, a pena de Glória Perez também conta a cultura islâmica. Pelo tio Ali, Jade conhece os princípios da tradição de seu povo. E pela voz meiga da prima Latifa (Letícia Sabatella), tem uma idéia do que é ser mulher no Marrocos ou casa com marido desconhecido ou fica só, tomando conta dos filhos dos outros.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 72753