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PUC-Rio
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Jornal/Revista: O Estado de S. Paulo Data de Publicação: 13/05/2003 Autor/Repórter: Keila Jimenez
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'MULHERES' E 'ESPERANÇA': IBOPE SIMILAR
Novela atual alcança os mesmos índices de sua antecessora, mas tem outro perfil de público
Apesar de a crítica ter sido bem mais favorável à novela de Manoel Carlos do que à sua antecessora, Esperança, pode-se dizer que até a semana passada, com dois meses no ar, Mulheres Apaixonadas desfrutava da mesma média de audiência que Esperança teve nesse mesmo período. Só convém lembrar que, quando Esperança ainda tinha dois meses de vida, o atraso na produção de capítulos da trama de Benedito Ruy Barbosa ainda não comprometia sua audiência.
Esperança e Mulheres Apaixonadas registraram, em seus dois primeiros meses no ar, médias de 39,5 pontos e 40 pontos, respectivamente, na Grande São Paulo.
Segundo dados do Ibope, a diferença entre as audiências dos dois folhetins é qualitativa, quer dizer: há pequenas diferenças entre o perfil do público de uma e de outra.
Apesar da preocupação de Manoel Carlos com a questão da terceira idade, causa abordada em sua trama, foi Esperança que atraiu em seu início um público mais velho.
Aproximadamente 27,5% dos telespectadores da trama de Benedito tinham mais de 50 anos. Essa fatia cai para 25% na platéia de Manoel Carlos.
Os índices indicam que 15,8% do público de Mulheres Apaixonadas tem entre 12 e 17 anos, faixa etária que correspondia a apenas 14% da audiência de Esperança. As crianças também gostam mais da trama atual: 17% dos telespectadores de Mulheres têm entre 4 e 11 anos de idade. Em Esperança, esse target representava 15% de sua audiência.
Consumo - Como o próprio Manoel Carlos previa, o público feminino, que normalmente já domina a audiência da TV em todos os horários, aumenta diante de sua novela. Em Esperança, 21,5% dos telespectadores eram mulheres. Em Mulheres Apaixonadas, essa platéia cresce para 22,5%.
Em contrapartida, Esperança tinha 14,9% de sua audiência entregue aos homens. No folhetim atual eles representam 14,1% do ibope.
São diferenças sutis. Para o mercado publicitário, no entanto, isso faz boa diferença. Até porque mulheres e crianças são, sabidamente, mais consumistas que homens em geral.
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 87940